terça-feira, 10 de maio de 2011

A minha Salvador!

Salvador, Bahia. Uma das cidades mais antigas do Brasil. Com suas belas paisagens, suas milhares de igrejas, sua cultura bastante particular e influenciada principalmente pela cultura africana. Tive o prazer de desfrutar apenas dois dias dessa encantadora cidade do nordeste, mas que, particularmente, me valeram como quatro ou cinco dias.

Além das praias que se encaixam de maneira tão suave e natural ao mobiliário urbano, fui a alguns pontos turísticos: o Cristo da Barra, o Elevador Lacerda, a Praça da Prefeitura, assisti a uma peça sobre a amizade no Teatro Castro Alves, e fui a outras tantas praias, caminhei pelas vielas do pelourinho [o famoso pelourinho!], só não comi acarajé por ter alergia a camarão. O Mercado Modelo é obrigatório para quem deseja comprar coisas típicas locais, como recordação da viagem.

Fiquei em um albergue, num quarto coletivo. Nunca deixei de falar português durante tanto tempo na minha vida. Aliás, está ratificado - por mim - que a melhor maneira de se aprender outros idiomas é viajar e ficar hospedado em albergues [hostel, em inglês]. Conheci gente de vários países já no café da manhã: Argentina, Chile, Estados Unidos, Alemanha e Espanha. O que resultou na troca de experiências e impressões, que enriqueceram bastante o meu fim de semana.

O clima da cidade é bastante parecido com o do Rio de Janeiro. Faz calor, é úmido e tem belas paisagens. As pessoas em geral são bastante simpáticas e receptivas. Os motoristas de ônibus são bastante tranquilos. Eles indicam sempre os lugares onde se deve saltar e, se for o caso, param fora do ponto para tal. Mas fui informado de que eles só fazem isso se você for um turista. Se for nativo, nem pensar!

Apesar de ser conhecida como a cidade do carnaval e do ‘Axé’, não escutei este tipo de música nos lugares que fui para comer ou mesmo que estive de passagem. Aliás, não escutei qualquer estilo de música local e não sei se isso me fez falta.

A única coisa que me incomodou bastante foram os ambulantes em pontos turísticos como o Elevador Lacerda. Com suas abordagens agressivas, eles tentam forçar o visitante a comprar pulseiras e cordões artesanais. E se nós brasileiros não gostamos deste tipo de coisa, imaginem os estrangeiros. Aqui vai uma crítica: dá para entender o porquê de a cidade ter perdido o posto de cidade mais visitada do país.

Eu não vivenciei todos estes problemas a seguir, mas muitas pessoas com as quais tive contato reclamaram primeiro da falta de organização da Orla, da sujeira nas ruas, da qualidade – ou ausência dela – do transporte público e a falta de investimentos na cidade, principalmente na parte de infraestrutura. Bom, mas o post de hoje não tem o enfoque político. Só não queria deixar de abordar este item para fomentar os comentários daqueles que visitaram/ão a cidade ou moram nela. Nem vou citar aqui a questão do aeroporto... prefiro.

Por fim, faço jus à companhia dos meus amigos Gabriel e Renato, ambos foram muito bacanas ao me apresentarem a cidade com um olhar de quem vive nela, e claro, passear por vários outros lugares. E por último, vou confessar que fiquei apaixonado por aquele cenário a minha volta, a ponto de querer viver naquele fim de semana inesquecível para sempre. Sinto como se tivesse traído o meu belo Rio de Janeiro...

[Ao som de “El Espejo” – Maná]

Colaboração: Rafael Barbosa

Foto de Gabriel Farias, tirada no Cristo da Barra - Salvador/BA.

domingo, 1 de maio de 2011

Beatles Revolver






Estou de volta para falar um pouco sobre a maior banda de todos os tempos. No dia 06 de Agosto de 1966 foi lançado o 5º álbum dos Beatles, Revolver. Esse álbum, em minha opinião, é um pouco obscuro e tem um tom misterioso, pois marca a adesão da banda a psicodelia e a maior participação de George Harrisson, meu beatle preferido.
Em 2002 o álbum foi eleito pela revista Rolling Stone o maior álbum de todos os tempos, à frente até de Sgt Peppers, que também discordo que seja o melhor. Meu preferido é difícil de escolher, mas eu gosto muito de Help! e Abbey Road, apesar de minha canção preferida dos Beatles, Something, está no Álbum Branco.
Para mim, a melhor canção desse álbum é Eleanor Rigby, composta por Lennon-McCartney, seguida de I want to tell you.
A capa do álbum é bem diferente dos antecessores, com uma espécie de caricatura, muito marcante, por sinal, do quarteto. Eu nunca tinha percebido que entre os rostos do desenho havia fotos deles e inclusive um desenho pequeno, mas com o corpo incluído, como se estivessem se escondendo. Sempre é tempo de se surpreender com Beatles! Ah...!
A gravação foi feita entre os meses de abril e junho e estendeu a turnê pela Alemanha e Japão, que marcaria a última apresentação ao vivo da banda. A partir daí se tornaram músicos de estúdio, o que envolveu muitas discussões internas entre os membros. Segundo Paul, ele era o único que queria voltar a tocar em público. Após o lançamento do 6º álbum, o Sgt Peppers, eles passaram um tempo na Índia, sob a tutela de um guru, mas após um certo tempo e atritos internos, eles retornaram, numa onda de confusão para não serem mais os mesmos.